terça-feira, novembro 14, 2006

Livro: To Kill a Mockingbird

“Atirem em todos os gaios que você quiser, se conseguir acertá-los, mas lembre-se é pecado matar um pássaro poliglota.” No original, “Shoot all the bluejays you want, if you can hit 'em, but remember it's a sin to kill a mockingbird.” No Brasil, o livro chama-se “O sol é para todos.”

Este é o conselho dado para o sábio Atticus Finch para seu filho Jem depois de lhe dar uma arma de pressão como presente de Natal. A princípio Jem não entende o porquê até que Calpurnia, a empregada da casa, explica que os mockingbirds não fazem mal a ninguém, nem pessoas nem outras aves, elas simplesmente cantam. Assim acabamos por descobrir o porquê do nome do livro de Harper Lee.

Acabei de lê-lo esta semana. Esperava que a leitura fosse boa, mas não consegui deixar de me impressionar pela capacidade que Harper Lee teve ao retratar o modo de falar dos sulistas americanos.

A estória é narrada em primeira pessoa por Scout Finch e relata três anos da infância dela e do irmão Jem. Scout narra a infância dos três e o impacto da vida do pai, Atticus Finch, na vida deles. Os eventos acontecem nos EUA, no início do século passado, a escravatura havia sido abolida mas os negros ainda não eram considerados seres humanos. Atticus é o exemplo de retidão e luta pelos seus princípios enquanto tenta educar os filhos e dar-lhes armas para resolverem os problemas que encontram e que aumentaram ao longo da vida.

Atticus é escolhido para defender um negro acusado de ter estuprado uma jovem do condado de Maycomb, Alabama. Atticus, um exemplo de integridade, luta com todas as suas forças para desempenhar o seu papel na luta de classes. Ele acredita na igualdade dos homens e luta por ela. Através da ingenuidade inerente das crianças que percebemos em Scout somos agraciados com questionamentos simples sobre as convenções sociais e o racismo.

As duas crianças crescem com valores ligados a autenticidade, Atticus incita-as a pensarem por si sem seguir as convenções, mas ao mesmo tempo ensina-as que nem sempre vencemos ou temos que lutar, as vezes devemos ser tolerantes e lutar com a cabeça, aceitando pequenas derrotas que nos trarão algumas vitórias no futuro.

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